Para se ter noção da dimensão do problema basta voltar até o último domingo. Debaixo de um sol escaldante, Espanha e Nigéria fizeram o último jogo da fase de grupos no Castelão, em Fortaleza. Os termômetros apontavam oficialmente 29ºC, mas a sensação dentro do estádio era de que os dois disputavam uma partida dentro de uma sauna seca. A analogia foi feita inclusive pelo zagueiro Piqué, no contato com a imprensa na zona mista após a partida. O lateral-esquerdo Jordi Alba, autor de dois gols, contou que seus pés pareciam estar queimados.
Na opinião do técnico Vicente del Bosque, o clima foi um adversário tão árduo quanto a Nigéria. Se a Espanha não jogou como costuma e cedeu espaços aos africanos, o treinador acha que a explicação passa pelo calor.
- É impossível jogar com intensidade todo o jogo em condições como essa. Tivemos dois grandes rivais, a Nigéria e um enorme ar sufocante. Jogar nesse ritmo por 90 minutos é impossível – argumentou.
Já o zagueiro Sergio Ramos talvez não soubesse que em 2014 terá de ir a campo mais cedo se o sorteio não for amigo dos espanhóis. Muito provavelmente será obrigado a abandonar a tradição de atuar com mangas longas, tal qual Piqué. Ainda assim, manteve uma postura digna em seu discurso.
- Foi muito duro o jogo contra a Nigéria e talvez tenha sido o mais complicado pelo rival e pelo calor, mas é o mesmo para todos. O Mundial será aqui e não somos crianças mimadas nem reclamonas. Não viemos para cá pela festa, e sim para tratar de ganhar a competição.
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