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Waze: o que pode estar por trás da compra bilionária do Google

Na terça-feira (12), a compra do Waze pelo Google fez barulho no mercado de tecnologia mundial. O gigante das buscas, segundo se especula, gastou US$ 1,3 bilhão e superou o Facebook para adquirir a empresa responsável pelo aplicativo. Mas o que tem de tão interessante no Waze para movimentar uma disputa como essa? E o que os serviços do Google ganham com a união com o Waze?

(Correção: por um erro de edição, e não do colunista, este texto informou que o Waze não tinha versão em português. Na verdade, possui para iPhone e Android. A coluna foi corrigida às 11h40 desta quinta-feira, 13.)

O app funciona como um GPS colaborativo e rede social. São quase 50 milhões de usuários ativos (2,1 milhões de usuários brasileiros), que além de recorrerem ao serviço de navegação por geolocalização, consomem informações sobre a situação do trânsito e contribuem com dicas sobre o percurso. Um dos diferenciais é a pontuação concedida aos membros que mais compartilharem informações sobre o trânsito – que serve apenas para montar um ranking dos usuários mais ativos.

Também é incentivado o compartilhamento do máximo de informações referentes ao percurso e também é possível trocar mensagens entre os membros. As principais funcionalidades são as seguintes:

- Traffic: acompanhe em tempo real a situação do trânsito, procure rotas alternativas para evitar congestionamentos;
- Police: é um recurso que pode não ser considerado politicamente correto, nele são reportados pontos de fiscalização e o quanto estão distantes do usuário;
- Accidents: combinado com o Traffic, é possível identificar possíveis causas de lentidão, evitar pegar a estrada bloqueada, ou mesmo ter uma ideia sobre o grau de perigo de um trajeto através do compartilhamento de informações sobre acidentes;
- Map Chats: é um chat em que usuários em uma determinada localização trocam mensagens de texto e compartilham imagens da câmera;
- Gas: indica os postos de combustíveis mais próximos e os preços praticados.

Já o Google Maps tem o melhor serviço de navegação por geolocalização, mas carece de informações complementares sobre a situação do trânsito. O serviço permite ao usuários pesquisar endereços com a mesma facilidade já conhecida em seu site de buscas, e se preferirem também é possível recorrer ao comando de voz. O Google Maps não se trata apenas de um serviço de mapas e localização. Confira abaixo as principais funcionalidades:

- Lugares: encontre lugares para comer, beber, fazer compras, com o classificação e análises sobre os serviços;
- Transporte público: localize linhas de transporte coletivos de ônibus ou metrô;
- Integração com o Google Street View: visualize o locais indicados no mapa numa visão de 360 graus e o interior de mais de 100.000 empresas pelo mundo;
- Trânsito: acesse as informações referentes ao trânsito em várias cidades do mundo;
- Satélite: visualize os locais através de imagens de alta resolução, capturadas por satélites;
- Gestos: explorar o mapa e procurar resultados;

O mapeamento, navegação e os dados de tráfego oferecidos pelo Google são melhores do que os da Waze. Comparando suas características sociais é um pouco mais que uma maneira de calar a competição, justamente por não contar com a mesma dinâmica de atualização.

Essa união entre o desenvolvedor do melhor serviço de mapas com o melhor aplicativo de GPS colaborativo traz benefícios para ambas as tecnologias.

O valor do investimento pode parecer alto, mas é preciso considerar as perspectivas da tecnologia. Além disso, trata-se de uma rede social que conquista novos usuários a cada dia. Um outro aspecto que deve ser levado em consideração é o interesse da concorrência.

Apple e Facebook também demonstraram interesse na aquisição da Waze, o que seria um ganho excepcional de funcionalidades para qualquer uma das empresas. O iOS poderia incorporar nativamente as funcionalidades do GPS ou o Facebook poderia ampliar as funcionalidades disponíveis na rede social para os seus usuários.

Por G1

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